Após a renúncia de Dom Stanislaw Wielgus como Arcebispo de Varsóvia, o Núncio Apostólico na Polônia, Dom Jozef Kowalczyk, anunciou a aplicação de novos procedimentos para a eleição de bispos no país de João Paulo II.

Em uma entrevista com a Agência Católica polonesa  KAI;  Dom Kowalczyk, anunciou que no futuro e para evitar situações similares às apresentadas com Dom Wielgus, “as atas da polícia e os serviços secretos comunistas relacionadas com os candidatos a bispos deverão ser estudadas antes de que se produzam as correspondentes nomeações”.

Dom Wielgus deveu renunciar logo após admitir ter colaborado com os serviços secretos do comunismo, embora sublinhou que seus atos nunca afetaram nem puseram em perigo a integridade de algum católico, sacerdote ou leigo.

“Tenho que dizer que nem a Universidade Católica de Lublim, em que Wielgus foi reitor durante dez anos, nem a diocese de Plock, da que foi ordinário durante outros sete anos, informaram-nos de nada, inclusive da existência das mais mínimas suspeitas”, assinalou o Núncio.

Dom Kowalczyk assinalou que todo católico que sabe que há impedimentos para que um determinado sacerdote possa ser nomeado bispo ou subir na hierarquia tem que avisar a respeito à Santa Sé, através da nunciatura ou diretamente.

“E dá na mesma que seja embaixador, ministro ou jornalista, porque o que conta é que cumpra o dever que tem com sua consciência de católico. Todos na Polônia tinham  esse dever, mas ninguém nos visitou para nos advertir nem tampouco nos telefonou”, concluiu.