O Presidente de Taiwan Chen Shui-bian enviou recentemente uma carta aberta ao Papa Bento XVI solicitando-lhe emprestar atenção aos Direitos humanos na China e pressionar ao Governo de Pekim para que desista da idéia de usar a força militar contra Taiwan.

Na carta ao Santo Padre, o Presidente Chen faz referência ao recente mensagem pontifícia com ocasião do Dia Mundial da Paz, assinalando "como Sua Santidade afirmou, aqueles que têm um major poder político, técnico ou econômico não devem usá-lo para violar os direitos dos menos afortunados".

Nessa mesma mensagem, Bento XVI fazia um chamado à comunidade internacional para estabelecer limites éticos no que pode er feito para proteger os cidadãos do terrorismo e deter a crescente ameaça de uma nova corrida armamentista nuclear.

O Presidente Chen comunicou ao Papa que Taiwan foi vetado pela China em sua tentativa de ser considerado membro das Nações Unidas, e assim o povo taiwanés foi privado de seu direito de unir-se às atividades internacionais e poder desfrutar das mesmas condições que têm outros povos.

Segundo Chen, deixando de lado a Taiwan, o organismo internacional viola o princípio de universalidade da Carta das Nações Unidas, e destacou que além de ter sido tratado injustamente, Taiwã nunca se negou a promover a paz mundial nem de colaborar melhorando o bem-estar de todos os povos.

Da última metade do século passado, Taiwan esteve sempre ameaçado militarmente pela China, que incrementou enormemente seu orçamento militar nas últimas décadas.

Chen afirmou que "tal incremento no gasto militar chinês superou de longe a necessidade de manter sua capacidade nacional de defesa, acrescentando que Pekim instalou mais de 800 mísseis ao longo da costa suleste, desdobrando uma sombra de guerra sobre o estreito do Taiwan e toda a Ásia do suleste".