O Conselho Editorial da Revista "Espacio Laical" da Arquidiocese de Havana rejeitou as críticas que alguns meios anônimos, especialmente via Internet, vêm lançando contra alguns bispos de Cuba.

O editorial, intitulado "de vez em quando e de quando em vez", assinala, em relação a desinformação em relação à situação real do episcopado cubano, que "embora não é habitual fazer alusão em publicações da Igreja cubana a estes escritos, de quando em vez convém fazer algum comentário a respeito".

"Algo característico destas notícias, quando não há boa fé no que escreve ou no que informa, é atacar a unidade da Igreja em Cuba –dom do Espírito Santo e portanto, "incomovível"– sobretudo na figura dos bispos, contrapondo estilos e ressaltando pretensas posturas, geralmente tiradas de contexto," explica a nota.

"Espacio Laical" denuncia que, "a partir das últimas designações episcopais e de fatos interpretados de maneira tendenciosa, alude-se a uma pretensa falta de envergadura moral e cívica atribuída à maioria dos bispos cubanos e a insuficiências quanto a compromisso social e denúncia de violações de direitos de diversa índole".

"É difícil –continua o texto– evitar não sentir dor quando, ao avaliar tais notícias, tão desprovidas de objetividade e de amor à Igreja, intui-se que a fonte das mesmas está nos próprios irmãos. A comunhão, tanto no eclesiástico como no social, constrói-se na caridade e na verdade. As discrepâncias se ventilam com franqueza e com amor, como nos manda o Senhor".

O editorial conclui: "entre nossos bispos, tanto os gloriosos veteranos a ponto de cessar em seu serviço diocesano como os recém chegados, não há fissuras. Evidenciam isso em suas palavras e atos tão episcopais como colegiais".

"Quanto a isto existem várias evidências documentais, às quais remetemos –para citar somente algumas: as memórias do Encontro nacional Eclesial Cubano, a obra intitulada ‘A voz da Igreja: cem documentos episcopais’, a carta pastoral ‘Não há pátria sem virtude’ do Cardeal Jaime Ortega, ou a instrução teológica-pastoral ‘A presença pública da Igreja em Cuba’–".

"A tais evidências históricas deveriam recorrer os interessados em seguir a marcha da Igreja Católica em Cuba para conhecer, de fonte autorizada, como pensam e o que realmente disseram os bispos cubanos", diz finalmente a nota.