O Foro Madrileno da Família (PROFAM) denunciou que a lei aprovada pelo Congresso espanhol é "indigna e própria de uma sociedade tão decadente como é o caso de que para que um possa viver, supostamente vários tenham que morrer obrigatoriamentes" e indicou os graves atentados contra a vida e dignidade humana que tentam silenciar.

Entre estes problemas que "não foram ditos ou não quiseram dizer", o PROFAM denuncia que a normativa "não põe limite de ovócitos a fecundar e portanto haverá embriões sobrantes".

"De todos os que forem fecundados só se selecionaria geneticamente um que seria implantado como o ‘apropriado’, já que não seria portador da doença que sofre seu irmão e além disso seria o mais compatível a efeitos de transplante de suas células de cordão umbilical", assinala o Foro através de um comunicado.

Do mesmo modo, o resto "seria desprezado ou simplesmente aniquilado em nome da pesquisa. A Lei não estabelece limite à pesquisa com embriões sobrantes de fecundação in Vitro".

Mais adiante, o PROFAM precisa que "algum desses desprezados como não idôneos ou inclusive portadores da doença, poderiam ter nascido perfeitamente e não apresentar em toda sua vida patologia igual a do irmão doente".

"A seleção genética de um ser humano e a não seleção de outro por parte de um terceiro –continua– é uma atribuição que não corresponde a nenhuma pessoa. A Lei Natural estará sempre acima do Direito positivo dos Estados".

Para o Foro, "ressaltar só os avanços científicos que permitem estas técnicas de reprodução humana assistida é uma pura manipulação demagógica, sobre tudo quando se silencia em todos os meios de comunicação a verdadeira realidade do problema, como é a dimensão moral e ética que acarreta o não respeito à vida de todos e a toda a vida".

Por último, questiona que a nova legislação proiba que "se possam adotar estes embriões sobrantes implantando-os em úteros de outras mães".