Diante do tratamento na Câmara de Deputados da Nação de um projeto de lei que obriga a ministrar de maneira gratuita a pílula do dia seguinte no país, o Instituto de Bioética da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Católica Argentina exortou os legisladores a "cuidar da vida como um valor precioso" e não impor fármacos que atentem contra ela.

Depois de questionar que o projeto não tenha tido um debate responsável, o organismo lamentou que este pretenda eliminar o direito à objeção de consciência, violando a larga tradição civil e democrática de um dos direitos humanos fundamentais.

"A mulher e todos os cidadãos têm o direito a conhecer todos os mecanismos possíveis de ação da pílula do dia seguinte por meio de uma informação clara e objetiva, para que possam decidir com pleno conhecimento e reta consciência sobre a conduta a seguir frente a este fármaco", anotou.

Do mesmo modo, questionou os grupos que pretendem "a reivindicação das liberdades pessoais individuais e procuram que surja na consciência coletiva uma mentalidade relativista onde se pretende que aartir do Estado se permitam atentados contra a vida humana, especialmente quando esta é mais frágil e necessitada".

"Se a mulher estiver na ovulação ou muito próxima à mesma e se produz a fecundação, a pílula do dia seguinte age sobre as trompas de falópio e o endométrio, não permitindo que o embrião se implante, produzindo um aborto precoce", anotou.