TEGUCIGALPA, 5 de dez de 2006 às 21:29
A Assembléia do Secretariado Episcopal da América Central (SEDAC), reunida na Honduras de 27 de novembro a 01 de dezembro, chamou os sacerdotes a valorizar "cada dia mais o dom do celibato que receberam" através de uma formação permanente tanto em sua vida espiritual, pastoral, afetiva e intelectual."O celibato sacerdotal vivido em maturidade afetiva, sinal da radicalidade de sua entrega livre a Cristo e a seu Evangelho, é um precioso exemplo para todo jovem do valor da castidade e para aqueles chamados pelo Senhor à vida consagrada e ao sacerdócio ministerial, um incentivo a não deixar-se vencer pelo temor", afirmou a mensagem dos bispos emitido ao final de sua Assembléia Plenária Anual.
O texto lembrou que na encíclica Deus Caritas est, o Papa Bento XVI afirmou que "o celibato, em sua pureza e gratuidade, é o melhor testemunho do Deus no que cremos e que nos impulsiona a amar".
Os bispos agradeceram o serviço que prestam os sacerdotes apesar do "contexto cultural difícil" em que realizam seu ministério, "em uma cultura da violência e morte, em um ambiente pansexualista e onde o ‘ter’ continua sendo priorizado sobre o ‘ser’".
A mensagem advertiu que "o ambiente atual distorce o verdadeiro sentido do amor; não se valoriza retamente a sexualidade humana e a homossexualidade se apresenta como algo natural quando segundo o plano de Deus é justamente o contrário".
Por outro lado, os prelados denunciaram a corrupção, o narcotráfico e o crime organizado, que "acentua o clima de violência e a sensação de impotência por parte dos governos".
"As gangues juvenis se vêem fomentadas por estes males e pela situação das famílias que, chamadas a ser um ambiente de amor e de equilíbrio, entretanto muitas vezes estão desintegradas", indicaram. Nesse sentido, expressaram seu apoio "às igrejas locais", como a que peregrina na Nicarágua, que trabalha "a favor da vida, em contra do aborto terapêutico e outras ameaças à mesma, como o HIV/AIDS".
Finalmente, pediram aos sacerdotes que trabalham na pastoral vocacional "cuidar a devida seleção e acompanhamento" dos candidatos, recorrendo "às valiosas contribuições das ciências humanas" e favorecendo especialmente "a atenção e formação espiritual".
A mensagem é assinada pelo Bispo de Cartago, Dom José Francisco Ulloa; e o Bispo de Cidade Quesada, Dom Angel San Casimiro Fernández; Presidente e Secretário Geral do SEDAC respectivamente.