BUENOS AIRES, 3 de dez de 2006 às 22:59
Ao opinar sobre as declarações do Padre Enrique Lapadula sobre o tema da comercialização da droga em Caleta Olivia, Nordeste de Santa Cruz, o Bispo de Rio Galegos, Dom Juan Carlos Romanín, indicou que estas se apóiam no contínuo e esmerado trabalho pastoral que o presbítero tem com familiares de crianças dependentes químicos"Acrescentou que "o Pe. Lapadula é uma pessoa muito séria, de muito estudo e suas declarações justamente surgem de um encontro que tem com familiares de crianças dependentes químicos, onde se vê que a situação tinha passado a níveis dramáticos ou ao menos preocupantes em sua região", anotou o Prelado.
Recentemente em uma reunião em que esteve presente a Pastoral Social e diversas ONG´s de luta contra a droga, o sacerdote indicou que muita da responsabilidade do mau manejo deste problema é dos funcionários políticos, o que provocou o protesto e ameaças do senador nacional Nicolás Fernández.
Dom Romanín assinalou que a terrível situação que se vive em Caleta Olivia levou a sacerdote a expressar que não quer ser cúmplice nem sentir-se culpado pela morte de algumas crianças por culpa da droga. Esclareceu também que o traslado do Pe. Lapadula a Porto Desejado foi tomada antecipadamente e não por esta situação.
Depois das declarações do Padre Lapadula e o apoio de dezenas de paroquianos, Claudio Izaguirre, representante da Associação Antidroga da Argentina, considerou que "são muitas coisas que agora estão saindo à luz e seria muito bom que como sociedade tomemos consciência do que estamos vivendo como resultado este problema".