O Diretor da Sala Stampa do Vaticano, Pe. Federico Lombardi, explicou que "não existe preocupação nem por parte do Papa nem de ninguém de seu entorno por este tipo de mensagens" ao referir-se à ameaça que lançou a Al Qaeda pela visita que realiza o Santo Padre a Turquia chamando-a de "cruzada contra o Islã".

Conforme informa a agência ANSA, o sacerdote também indicou que este tipo de ações confirmam "uma vez mais a urgência e a importância do esforço comum por parte de todas as forças contrárias à utilização da violência".

O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé saiu assim ao encontro da ameaça emitida hoje pela Al Qaeda no Iraque, em que este grupo extremista islâmico manifestou que "a visita do Papa tem como objetivo preparar uma cruzada contra os países muçulmanos" como quando "Bush, Blair, Berlusconi e Howard" tentaram "extinguir a flama do Islã em nossos irmãos muçulmanos da Turquia".

De acordo à agência AKI, a Al Qaeda considera que esta visita papal procura "cancelar a tradição islâmica e cortar as tradições muçulmanas... para colocar (os turcos) nas mãos da União Européia e deter a onda islâmica".

A declaração do grupo terrorista também manifesta que Bento XVI "iniciou sua visita à Turquia, que foi no passado um refúgio do Islã" apenas "alguns meses depois de seu ataque ao Islã e ao profeta Maomé e ocorre em um momento extraordinário para o mundo muçulmano", referindo-se ao discurso papal na Universidade de Regensburgo mal interpretado por muitos meios e uma boa parte do mundo muçulmano.