Os dirigentes da Missão Virgem do Rosário do Poço, em Sabana Grande, convocaram seus seguidores a um evento neste domingo, apesar de a Conferência Episcopal do Porto Rico (CEP), ter desautorizado este movimento por promover "um fenômeno devocional prejudicial aos católicos".

No domingo último foi lida em todas as paróquias uma carta pastoral assinada pelo Presidente da CEP e Arcebispo de San Juan, Dom Roberto González Nieves, em que se pediu às pessoas que seguem esta devoção, abandoná-la e ir a "párocos para receber o apoio e direção espiritual que necessitarem".

No texto explicou que logo depois de se reunir durante quatro anos com os responsáveis pela Missão da Virgem do Rosário do Poço, advertiu-se de que as práticas às que se submetiam as pessoas eram muito radicais e pouco ortodoxas.

"São práticas e crenças que realmente não são consonantes com a sã espiritualidade do catolicismo. Há práticas inclusive desumanizantes e denigrentes da humanidade da pessoa", afirmou.

O Prelado indicou que "a partir disso concluí que como se estava dando essa mística, não podia continuar e que isso não era negociável. São práticas que não são saudáveis. Entendi que alguma pessoa podia estar em perigo emocional e psicológico e possivelmente se podiam destruir". Acrescentou que não se trata de uma perseguição, mas sim de purificar "práticas que não podem ser aceitas".

Do mesmo modo, advertiu-se que os chamados sacerdotes Missionários de Cristo, que nasceu do movimento de veneração à Virgem do Poço, "não estão autorizados a exercer o ministério em Porto Rico" e que as Irmãs Missionárias da Restituição "não foram aceitas oficialmente em nenhuma diocese".

Os promotores desta devoção afirmam que Santa María apareceu em Sabana Grande em 1953. Entretanto, isto foi descartado pela Igreja após várias investigações.

Do mesmo modo, em 2002 a Congregação para a Doutrina da Fé proibiu esta organização e assinalou que "todas as pessoas que emitiram promessas nestes grupos podem considerar-se livre das mesmas".