O arcebispo anglicano de York, John Sentamu, criticou a companhia aérea inglesa British Airways (BA) por não permitir que uma de suas funcionárias use uma cruz enquanto trabalha na área de reservas.
No mês de outubro, autoridades da companhia indicaram a Nádia Eweida que não devia utilizar uma cruz sobre seu uniforme, e sim debaixo de sua blusa ou gravata. A partir esse dia, Eweida não recebeu mais seu salário e há alguns dias foi informada de que tinha perdido sua apelação ao ter-se negado a não ocultar a cruz.
O arcebispo anglicano condenou a decisão da BA, que curiosamente sim permite que os muçulmanos utilizem véus e símbolos religiosos distintivos.
Por sua vez, executivos da BA informaram que a decisão que tomaram era "simplesmente um assunto de praticidade" já que se algum empregado aparecesse "com uma cruz de três pés (90 cm) sim poderia usá-la porque escondê-la sob o uniforme seria muito não prático".
Por outro lado, Andrea Minichiello Williams, da Irmandade de Advogados Cristãos, também criticou a decisão da BA já que "esta aplicação da política de uniforme da BA é claramente inconsistente. Eles permitem a alguns de seus empregados que expressem sua fé mas negaram esse direito a Nadia".
A senhora Eweida apelou novamente da decisão, já que em sua opinião "deveria ter o direito a proclamar abertamente sua fé cristã".
"Estou muito decepcionada, mas espero a próxima etapa, porque a cruz é muito importante e a verdade deve ser revelada. É importante usá-la e expressar minha fé para que as pessoas saibam que Jesus as ama", comentou Nádia logo depois de saber do veredicto.