Ao finalizar sua Assembléia Plenária celebrada entre 13 e 16 de novembro nesta cidade, os bispos portugueses expressaram seu desejo de que "abra-se um período de sereno e profundo esclarecimento das consciências", ao referir-se ao próximo referendo que poderia legalizar o aborto nesse país.
Além deste chamado, os prelados lusos emitiram uma Nota Pastoral intitulada "Procriação Medicamente Assistida" em que explicam que não se deve cair em abusos intoleráveis, mas sim "estabelecer os limites entre os que é tecnicamente possível e o que é eticamente aceitável".
Recordam além disso uma das conseqüências desta técnica: os embriões que sobram, afirmando que "não é moralmente legitima seu emprego para pesquisa científica, devido à dignidade do ser humano já presente no embrião".
Do mesmo modo, exortam aos casais que não podem ter filhos, a que lembrem que a esterilidade não é um mal absoluto e que podem utilizar suas capacidades como pais de outra maneira por meio da adoção ou dedicando-se ao serviço aos demais.
Durante a Assembléia, realizada com o lema "Comunhão Episcopal para a missão eclesial renovada", os prelados refletiram também sobre a transmissão da fé como escuta e interpelação da cultura, a missão a favor da vida como dom que deve ser acolhido e promovido, a exigência da dignidade no mundo do trabalho.
A Assembléia também refletiu sobre um documento de trabalho intitulado "Família, Escola e Universidade", dedicado ao tema geral de transmissão da fé, em um momento em que existe uma grande crise ao interior das famílias.
Para os prelados, deve-se "incentivar os movimentos eclesiais que oferecem caminhos exigentes para uma vivência cristã da família, valorizar as ocasiões para acolher a quem pede o matrimônio ou o batismo, ajudar os pais a transmitir os valores com métodos pedagógicos adequados e simples".
Para ler o texto completo em português, acesse
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