Ao final da Audiência Geral desta quarta-feira, o Papa Bento XVI condenou com firmeza o "brutal atentado" perpetrado ontem no Líbano e que custou a vida do Ministro da Indústria Pierre Gemayel, líder do Partido Cristão Maronita.
"Recebi com profunda dor a notícia do assassinato do honorável Pierre Gemayel, Ministro da Indústria do governo libanês. Condeno firmemente esse brutal atentado e asseguro minha oração e minha proximidade espiritual a sua família em luto e ao amado povo libanês", disse hoje o Santo Padre às dezenas de milhares de fiéis reunidos na Praça São Pedro sob uma forte chuva.
Do mesmo modo, Bento XVI denunciou a "forças obscuras que tentam destruir o país" e exortou a "todos os libaneses a não fazer-se derrotar pelo ódio, mas sim a reforçar justiça e reconciliação e a colaborar na construção de um futuro de paz".
Finalmente, o Pontífice convidou os "responsáveis pelos países que se preocupam com o destino dessa região a contribuir a uma solução global e negociada das diversas situações de injustiça que a afligem há muitos anos".
Gemayel foi assassinado nesta terça-feira quando dois automóveis bloquearam o seu quando transitava pelas ruas de Beirute e lhe dispararam através da janela do veículo.
O Governo libanês cancelou ontem as celebrações do Dia da Independência, programadas para hoje, e decretou três dias de luto.
O ex-ministro de 34 anos de idade era membro de uma importante família cristã dentro da política libanesa e filho do Amin Gemayel, presidente do Líbano entre 1982 e 1988