O Papa Bento XVI e os chefes dos dicastérios da Cúria Romana reafirmaram hoje o valor do celibato sacerdotal segundo a tradição católica e destacaram a exigência de uma sólida formação humana e cristã para os seminaristas e os sacerdotes já ordenados.

Assim deu a conhecer um comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé publicado após a reunião desta manhã entre o Santo Padre e as cabeças dos dicastérios vaticanos para examinar a situação criada após a desobediência do ex-arcebispo Emmanuel Milingo e refletir sobre os pedidos de dispensa da obrigação do celibato e as de  readmissão ao ministério sacerdotal que apresentaram os  sacerdotes casados durante os últimos anos.

“Os participantes da reunião foram informados detalhadamente sobre os pedidos de dispensa da obrigação do celibato apresentadas nos últimos anos e sobre a possibilidade de readmissão no exercício do ministério dos sacerdotes que na atualidade se encontram nas condições previstas pela Igreja”, indica o comunicado emitido após duas horas de deliberações no Palácio Apostólico do Vaticano.

Neste contexto, continua a nota, “foi reafirmado o valor da eleição do celibato sacerdotal segundo a tradição católica e destacaram a exigência de uma sólida formação humana e cristã, tanto para os seminaristas como para os sacerdotes já ordenados”.

Por sua vez, o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, declarou que as conclusões da reunião “não implicariam uma mudança na aplicação das atuais normas (sobre o celibato)” nem determinariam mudança alguma disciplina da Igreja sobre o requerimento do celibato.

Segundo alguns analistas, que a Santa Sé reafirme o celibato sacerdotal é particularmente importante para a América Latina onde algumas vertentes da “teologia india” consideram “indispensável” promover a ordenação de homens casados devido à escassez de sacerdotes e por razões de inculturação do Evangelho.