O Presidente da Conferência Episcopal Equatoriana (CEP), Dom Néstor Herrera; chamou a sociedade a impedir que entre em vigência a Lei Orgânica Substitutiva ao Código de Saúde, que promove o aborto e a distribuição da pílula do dia seguinte.

A nova lei obriga aos centros de saúde, públicos e privados, a praticar abortos nos casos que estabelece o Código Penal, tirando os médicos a possibilidade de negar-se através da objeção de consciência. Além disso, dá potestade ao Governo de elaborar políticas e programas educativos em matéria de saúde sexual e reprodutiva, passando por cima do direito dos pais a decidir a formação de seus filhos.

Dom Herrera fez "um chamado respeitoso mas firme a todas as instituições, famílias e pessoas católicas a encontrar leitos para evitar que esta lei entre em vigência: é atentatoria contra a autoridade dos pais de família, dos educadores, dos profissionais médicos e introduz uma cultura de morte e não de vida".

A representante pró vida, Cecilia Acosta, através de um comunicado, pediu a "todos os equatorianos que amamos a vida", levantar "uma voz de protesto" para que o Presidente Alfredo Palácio vete parcialmente o novo texto, aprovado pelo Congresso da República em segundo debate.

Acosta propôs enviar cartas ao mandatário, assim como organizar marchas pró-vida e fazer sentir a oposição da população através dos meios de comunicação.

"Pedimos ao Dr. Alfredo Palácio –assinala o comunicado–, que se respeite o direito inalienável dos pais a educar integralmente seus filhos, sob princípios e valores, com conhecimentos científicos e com a verdade. Que não se obrigue a família equatoriana a uma educação apoiada em princípios hedonistas e de formação estranha a nossa cultura".