O Governo do Tony Blair retirou o projeto de lei que obrigava as escolas confessionais, entre elas as católicas, a designar 25 por cento de suas quotas a alunos de outros credos.

Conforme informa o jornal espanhol ABC, a reforma da Lei de Educação pretendia contribuir um instrumento legal para propiciar uma maior integração entre as distintas comunidades religiosas e culturais do país.

Diante do anúncio da retirada do projeto de lei, o Arcebispo de Birmigham, Dom Vincent Nichols, responsável por ensino na Conferência Episcopal da Inglaterra e Gales, indicou que suas escolas continuarão atendendo primeiro as necessidades das famílias católicas e que os lugares restantes se proverão “de acordo com as necessidades locais”, a sua vez que explicou que atualmente 30 por cento do alunado desses centros não é católico.

Muitos diretores das duas mil e 41 escolas católicas tinham escrito aos deputados de suas circunscrições para expressar seu total rechaço à imposição de cotas. A mobilização teve efeito, porque uns cinqüenta membros trabalhistas da Câmara dos Comuns pressionaram o Ministro da Educação, Alan Johnson, para que retirasse a reforma.

Entretanto, explica o jornal espanhol, a luta continua porque uma iniciativa semelhante poderia ser impulsionada na Câmara dos Lordes por lorde Baker, em que pese a que sua partida está contra que se fixe a polêmica cota.