Diante da possibilidade de que a Comissão de Trabalho Parlamentar do Congresso Nacional decida amanhã pôr em pauta o polêmico Protocolo do Comitê da Eliminação da Discriminação contra a Mulher das Nações Unidas (CEDAW), o Secretariado Nacional para a Família do Episcopado Argentino lembrou que a ratificação do documento poderia forçar a legalização do aborto no país.

Em um comunicado, o organismo do Episcopado lamentou que "a ratificação do protocolo implique uma renúncia à soberania e deixe uma brecha aberta à futura aprovação do aborto", como o denunciaram os bispos argentinos em 2001 ao concluir sua 82° Assembléia Plenária.

"O compromisso da Igreja é a favor dos direitos da mulher e não pode depender de acordos ou recomendações que pretendem garantir a prática do aborto como um serviço público", acrescentou.

Do mesmo modo, o Secretariado exortou aos legisladores sobre o perigo de dependência cultural que acarretaria a iminente ratificação do Protocolo, já que se estaria renunciando aos próprios valores que regem à Argentina.

Nos últimos meses se manifestaram contra a ratificação do CEDAW; a Câmara de Representantes da Província de Missões, a Câmara de Senadores e a Câmara de Deputados da Província de Salta, a Câmara de Deputados da Província de San Juan e o Senado da Província de Mendoza.