A poucas semanas da visita do Papa Bento XVI à Turquia, o Vigário Apostólico de Anatólia, Dom Luigi Padovese, e a organização internacional Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) exigiram que se respeite a liberdade religiosa dos cristãos nesse país.

"O Papa não vem como missionário, como afirma a imprensa turca, mas sim a falar com os muçulmanos, com o Governo turco e, é obvio, com os cristãos ortodoxos", afirmou o Vigário Apostólico durante uma coletiva de imprensa no Berlim na sede alemã do AIS, e ressaltou a importância do chamado que fez o Pontífice durante seu discurso na Universidade de Ratisbona ao diálogo entre as religiões.

Além do pedido pelo respeito da liberdade religiosa dos cristãos, o AIS pede o reconhecimento legal por parte do Governo turco das Igrejas cristãs.

Na Turquia não existem seminários para a formação de sacerdotes e a Igreja Católica não tem direito a construir Igrejas ou outro tipo de edificações desde que em 1923 se deu uma lei que impedia ambas as coisas. Do mesmo modo, a residência para os sacerdotes estrangeiros depende do livre-arbítrio das autoridades.

Para comemorar a visita do Papa à Turquia, o AIS prepara a edição do "Pequeno Catecismo" em turco. Do mesmo modo, já se conta com a Bíblia da Criança no mesmo idioma on-line.