O Presidente da Associação Nicaragüense Pela Vida (ANPROVIDA), Rafael Cabrera Artola, apoiou a eliminação do mal chamado aborto terapêutico do Código Penal Nicaragüense porque sob essa figura os abortistas "procuram suavizar o reconhecimento deste crime, afirmando falsamente que este pode ser justificado para solucionar um problema médico".

Cabrera esclareceu que "com a eliminação do artigo 165 do Código Penal vigente que data de 1891, poderá ser enviato que as organizações abortistas acomodem a seus interesses e agendas econômicas a bandeira do aborto terapêutico".

"O artigo que queremos eliminar foi manipulado constantemente, inclusive afirmando falsamente que o aborto na Nicarágua está permitido em caso de violação, enfermidade da mãe, má formação do feto ou incesto. O que querem é abrir em termos pseudo legais uma grande porta a este crime por diferentes razões; por problemas emocionais, pelos maus tratos do marido, por problemas familiares, etc.", anotou.

Em relação às opiniões de algumas organizações abortistas que afirmam que o país se veria em risco de um litígio internacional se autorizar a reforma do Código Penal em matéria de aborto, o médico esclareceu que a Nicarágua pôs reservas durante sua participação na Conferência do Cairo (1994) e a Conferência da Mulher de Pequim (1995) e que portanto nunca se comprometeu a cumprir nenhuma ação que vá contra os indefesos não nascidos.

Finalmente, o Presidente do ANPROVIDA destacou que a capacidade humanista e científica da maioria de nicaragüenses, entre eles, o presidente Enrique Bolaños e três candidatos presidenciais, impuseram-se em uma discussão que terminará nesta quinta-feira 26 de outubro, quando a Assembléia Nacional votar a reforma do Código Penal.