A plataforma científica Hay Alternativas denunciou que o projeto de lei sobre pesquisa Biomédica que será debatida no Congresso atenta contra a dignidade do ser humano, já que agride os mais vulneráveis: os embriões.

Através de um comunicado, Hay Alternativas advertiu que a terminologia usada no texto é, em ocasiões, imprecisa e contraditória, "e põe em evidência que determinados conceitos são impostos pelo legislador e não têm conexão com a realidade biológica de que se trata".

Nesse sentido, esclarece que este projeto não é fruto de um "debate aberto e extenso na sociedade espanhola", mas sim foi feito "de forma unilateral e em função de uma determinada óptica que não está em consonância com o Convênio do Conselho da Europa (Oviedo), já que agride aos mais vulneráveis da espécie humana: os embriões".

"O projeto de lei contempla a possibilidade de investigar sobre embriões vivos que tenham perdido sua capacidade de desenvolvimento. Esta possibilidade supõe uma clara instrumentalização de algumas pessoas em benefício de outras. Nunca em Medicina a irreversibilidade de um paciente permitiu que este seja considerado um objeto de experimentação e que se disponha de sua vida", assinala o texto.

Hay Alternativas explica que o projeto de lei também carece de uma "regulação clara sobre a pesquisa com células-tronco adultas", que a deixa "sob o amparo de outras leis ou decretos que não contemplam diretamente este tipo novo de terapia experimental".

Finalmente, o comunicado adverte que o Comitê de Bioética da Espanha que se propõe não seria imparcial, por ser a maioria de seus membros escolhidos pela Administração do PSOE.

Evento sobre o começo da vida

Por outro lado, a Subcomissão de Família e Vida da Conferência Episcopal Espanhola organiza em 11 de novembro em Zaragoza uma jornada intitulada "O começo da vida: entre o amor e a Tecnologia", onde se refletirá sobre o Projeto de lei de Pesquisa Biomédica e a reforma da Lei de Reprodução Assistida.

Para maior informação escreva para bioetica@donytarea.org