O Bispo de Oruro, Dom. Cristóbal Bialasik; e o Conselho Boliviano de Leigos (CBL), indicaram que para solucionar o problema das mineradores é necessário um diálogo apoiado na busca do bem comum e a solidariedade, porque os bens dados por Deus é para o benefício de todos os bolivianos.

"Estamos vivendo uma realidade de discórdia e enfrentamento, onde perdem todos os setores de nossa querida pátria, mas particularmente os mais pobres", afirmou Dom Bialasik.

A uns dias de ocorrido o enfrentamento entre mineiros cooperativistas e assalariados na cidade de Huanuni, o Prelado recordou que "a vida é o Dom de Deus e o direito fundamental da pessoa", e portanto, "não podemos atentar contra ela". Acrescentou que os recursos naturais "são para todos e a favor de todos", e que devem ser compartilhados "em forma equilibrada e respeitosa" para que todos tenhamos "melhores condições de vida".

Do mesmo modo, afirmou que o Governo deve procurar respostas concretas às demandas do povo, especialmente dos mineradores, as mesmas "que devem satisfazer a todos os setores". Acrescentou que é obrigação das autoridades "cuidar a vida de cada nossos compatriotas".

Por sua vez, o CBL lamentou o fato e exortou "à busca de soluções de pacificação e entendimento". Através de um comunicado, pediu "afastar a violência de qualquer negociação".

"Solidarizamo-nos com as vítimas que direta ou indiretamente foram afetadas", assinala o texto. Nesse sentido, chamam a colaborar com os feridos e familiares "através da Paróquia de Huanuni, a Pastoral Social Cantas de Oruro ou a Diocese de Oruro".

Do mesmo modo, agradecem ao Dom Bialasik por contribuir generosamente "à pacificação entre nossos irmãos mineradores".

O Arcebispo de Santa Cruz de la Sierra, Cardeal Julio Terrazas, manifestou sua proximidade com a Diocese de Oruro e com seu Bispo, de quem disse, "esteve do primeiro momento vendo sua gente. O se moveu que um lado para o outro. Pode ser que ninguém o destaque mas sua figura do pastor no momento do sofrimento, esteve aí".

"Queremos, como irmãos no episcopado, lhe dizer, 'ânimo, adiante'. Esse é o pastor que necessitamos, não aquele que multiplica palavras e depois desaparece no momento da dor e do sofrimento", expressou o Cardeal.

O comunicado completo do CBL se encontra em http://www.iglesia.org.bo/sitio/informaciones/index_noticia.php?id=173