A violência no mundo muçulmano contra os cristãos continua em protesto pelas palavras do Papa Bento XVI na Universidade de Ratisbona. Algumas igrejas cristãs no Iraque publicaram cartas nas quais expressam seu desacordo com o Pontífice para evitar assim ser atacadas, denuncia Jim Jacobson, Presidente do Christian Freedom International (CFI), organização que luta pelo direito à liberdade religiosa e ajuda aos cristãos perseguidos.

Jacobson explica também que "enquanto quase toda crítica ao Islã obtiver por resposta a violência, um diálogo sério entre os cristãos e os muçulmanos é impossível". "Deus nos diz que todos os homens ficamos pequenos para receber sua glória", acrescenta e assinala que durante os últimos séculos os cristãos descobriram que a violência não tem lugar no anúncio do Evangelho.

Infelizmente, prossegue, este não é o caso do mundo muçulmano e as evidências o provam: o assassinato de uma religiosa na Somália, as igrejas incendiadas por palestinos, os ataques às igrejas no Iraque, e as ameaças aos cristãos em muitos outros lugares.

Igualmente sério é o problema da perseguição e discriminação. "Os muçulmanos estão contra os cristãos no mundo islâmico", explica o Presidente do CFI.

"Claro que em alguns países são mais livres e tolerantes que outros. Entretanto, é praticamente impossível encontrar um país com maioria muçulmana aonde os cristãos não sejam oprimidos, da mesma forma em que é quase impossível encontrar um país majoritariamente cristão aonde se ataque os muçulmanos", precisa.

"A liberdade de consciência é um pré-requisito para a fé religiosa, e tem que ser protegida por todos", manifesta Jacobson.

Finalmente, continua, há muito na cultura e história que divide os crentes em Deus. Mas também há muito em comum. A base do futuro diálogo religioso e a cooperação tem que ser a renúncia à violência em nome da fé.