O Arcebispo de Tegucigalpa, Cardeal Oscar Rodríguez Madariaga, fez uma clara defesa do celibato sacerdotal, lembrou que este não é uma obrigação e precisou que os presbíteros já estão casados com Jesus e a Igreja.

O Cardeal foi entrevistado pelo Jornal de Cooperativa sobre o caso do Ex-arcebispo Emmanuel Milingo que foi excomungado por "ordenar" como bispos a quatro sacerdotes casados.

Embora disse não estar a par do caso Milingo, o Cardeal Rodríguez considerou justa a excomunhão e assegurou que nada faz indicar que o celibato sacerdote tenha que ser revisado.

Do mesmo modo, precisou que "é um enfoque errado" propor o matrimônio para os sacerdotes pensando que se obteria uma maior proximidade com os paroquianos, "porque o celibato não é uma obrigação, assume-se livremente. E se alguém chegasse a isso por obrigação, não poderia segui-lo".

"Já estamos casados, nossa vida e nossa entrega é autenticamente um matrimônio com o Senhor Jesus e com a Igreja", acrescentou.

Neste sentido, recordou que "o celibato não é ausência de amor, é superabundância de amor, e então, se você entender a entrega do amor só do ponto de vista sexual-genitália, é um enfoque que verdadeiramente empobrece", expressou.

"Os que querem que se tire o celibato não sabem o que é, porque não é um empenho humano, mas sim uma graça que vem de Deus", acrescentou.

Ontem a Santa Sé deu a conhecer hoje a excomunhão "latae sententiae" (automática) do Ex-arcebispo Milingo e os quatro bispos por ele ordenados no domingo passado e assegurou que a Igreja não reconhece nem reconhecerá tais ordenações e as que delas derivarem.