Milhares de pessoas de todas as idades se reuniram na frente do Palácio de Justiça em uma colorida manifestação a favor da vida da concepção, em que exigiram do Presidente Alejandro Toledo fazer respeitar a Constituição Peruana e frear a distribuição da pílula do dia seguinte.

Famílias, estudantes, profissionais e delegações de diversas entidades civis se reuniram no Passeio dos Heróis Navais com bandeirolas, balões e lemas alusivos à defesa da vida.

Escutaram-se vários testemunhos e mensagens de rejeição à desinformação, distribuição e comercialização da pílula do dia seguinte, bem como sua inclusão nas políticas de saúde pública do Peru.

A Coordenadora Nacional Unidos pela Vida, organizadora da entrevista, denunciou os esforços da Ministra de Saúde, Pilar Mazzetti, por ocultar da população o efeito abortivo do fármaco.

Segundo os organizadores, a “Mobilização Civil a favor da Vida” é o início de uma série de atividades cívicas para defender a criança por nascer, o direito constitucional à vida da concepção até a morte natural e a promoção da família.

Os assistentes assinaram um manifesto cidadão que será entregue ao Presidente Alejandro Toledo e no que se exige entre outros pontos, a defesa de todos os direitos humanos e a suspensão da venda e distribuição da pílula do dia seguinte.

Entre as instituições que apoiaram a marcha destacaram Mulher pela Verdade, a Fraternidade Cristã de Doentes, Vida Humana Internacional, a Aliança Latino-americana para a Família (ALAFA), a seção latino-americana do Population Research Institute (PRI), o Centro de Promoção Familiar e Regulação Natural da Natalidade (CEPROFARENA), entre outras. 

Manipulação na mídia

Embora as imagens da marcha –captadas por alguns meios de comunicação- confirmaram a assistência de milhares de pessoas à cruzada, jornais como O Comércio ou Peru 21 minimizaram a iniciativa.

Em sua edição de hoje, O Comércio sustenta que apenas “uns mil membros de diversas organizações foram convocados pela Coordenadora Nacional Unidos pela Vida para demandar o retiro da chamada pílula do dia seguinte, pois a consideram abortiva”.

Por sua vez, em uma manipulação ainda mais evidente, Peru 21 –que pertence ao grupo editorial O Comércio- publicou que a marcha contou com duzentas pessoas. Peru 21 é conhecido por manter uma linha editorial abertamente afim aos grupos que promovem a legalização do aborto e o controle natal.

Os organizadores sugeriram que os simpatizantes com a marcha expressem seu mal-estar com estes jornais, enviando mensagens a: lectores@peru21.com e editor@comercio.com.pe