Três prisioneiros, acusados de liderar os confrontos de um grupo cristão contra muçulmanos nas Ilhas Celebes e condenados à pena capital, serão executados nesta quinta-feira conforme informou um porta-voz da polícia local.

Em 2001 os cidadãos indonésios Fabianus Tibo, Marinus Riwu e Dominggus da Silva, foram condenados à pena máxima pela morte de 122 muçulmanos refugiados em uma escola islâmica nas Ilhas Celebes durante os enfrentamentos entre cristãos e muçulmanos na região, em que apesar da violência foi iniciada por radicais muçulmanos e a maioria das vítimas foram cristãos, o tribunal de Palu não condenou nenhum muçulmano.

Diversos grupos internacionais, incluindo a Anistia Internacional, pediram que não se execute estes três indonésios. O Papa Bento XVI tinha solicitado clemência para os três católicos, mas a polícia indicou que as execuções se realizarão definitivamente.

Sem revelar o lugar nem a hora das execuções, o porta-voz da polícia Paulus Purwoko disse à imprensa que estas, que geralmente se fazem em segredo, seriam realizadas nesta quinta-feira.

No mês passado se postergou a execução dos condenados. Algumas fontes afirmam que as autoridades decidiram executá-los nesta semana como parte dos protestos pelo discurso do Papa Bento XVI na Universidade de Ratisbona, durante o qual lamentou a relação entre violência e religião.