RATISBONNE, 12 de set de 2006 às 10:15
Na homilia que hoje pronunciou em
“Vendo as grandes somas de teologia redigidas na Idade Média ou pensando na quantidade de livros escritos cada dia a favor ou contra a fé, podemos nos desalentar e pensar que tudo isto é muito complicado. Ultimamente, ao ver as árvores individualmente, não se vê mais o bosque. É verdade: a visão da fé compreende céu e terra; o passado, o presente, o futuro, a eternidade –e por isso não se esgota nunca. E ainda assim, em seu núcleo é muito mais simples”, indicou.
Segundo o Papa, todo o essencial da fé se expressa no “Credo dos Apóstolos” que é “uma amplificação da fórmula batismal, que o Senhor ressuscitado entregou aos discípulos por todos os tempos quando lhes disse: ‘Ide, pois, e fazei discípulos a todas as gente batizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo’”.
“Nesta visão se demonstram duas coisas: a fé é simples. Acreditamos em Deus –em Deus, princípio e fim da vida humana. Naquele Deus que entra em relação conosco, seres humanos, que é para nós origem e futuro. Assim, a fé, contemporaneamente, é também sempre esperança, é a certeza de que temos um futuro e não cairemos no vazio. E a fé é amor, porque o amor de Deus quer se nos contagiar”, assinalou.
“O Credo não é um conjunto de sentenças, não é uma teoria. Está, justamente, ancorado no evento do Batismo –a um evento de encontro entre Deus e o homem. Deus, no mistério do Batismo, inclina-se para o homem; sai ao nosso encontro e assim também nos aproxima entre nós”, adicionou.