Um recente estudo realizado com um grupo de carmelitas de clausura descartou a existência do que alguns pesquisadores chamam "módulo de Deus" no cérebro, região que segundo alguns propulsores da chamada "neuroteologia" explicaria cientificamente a experiência espiritual do homem.

Conforme informa o jornal The Telegraph, um recente estudo do Dr. Mario Beauregard do Departamento de Psicologia da Universidade de Montreal, junto com um de seus estudantes, Vincent Paquette, e publicado no Neuroscience Letters, demonstra que não existe tal "módulo de Deus" (God spot) do que muitos falam atualmente.

"O principal objetivo do estudo foi identificar as reações neurais da experiência mística. Isto não diminui o significado do valor de tal experiência, e tampouco confirma ou descarta a existência de Deus", explica Beauregard.

Para a pesquisa se observou a quinze carmelitas de clausura de entre 23 e 64 anos a que tiveram o cérebro monitorado com um método chamado ressonância funcional magnética; logo depois de lhes pedir reviver uma experiência mística, em vez de tentar uma nova. "Estive obrigado a fazê-lo assim já que as religiosas não podem ter Deus, para uma experiência mística, a vontade", indicou o pesquisador.

Em vez de revelar a existência de um "centro espiritual" no cérebro, o estudo demonstrou que quase uma dúzia de diversas regiões se ativam durante uma experiência mística, o que descarta a existência de um lugar exclusivo para a experiência espiritual.