SANTIAGO, 4 de set de 2006 às 23:57
O Arcebispo de Santiago, Cardeal Francisco Javier Errázuriz, lamentou o anúncio da Ministra da Saúde sobre a distribuição de métodos anticoncepcionais –incluindo a pílula do dia seguinte– entre as adolescentes maiores de 14 anos sem o consentimento de seus pais.
"São tantas as notícias boas que podem chegar a uma Pátria ao começar o mês da Pátria e minha opinião é que no fundo muitas destas medidas são um golpe ao casamento e um golpe na família", indicou o Cardeal.
Acrescentou que "no mês da Pátria esperava outros anúncios do Governo em matéria social" como "avanço na qualidade da educação ou, por exemplo, daquelas pessoas que têm uma grande dificuldade para pagar suas próprias casas, que recebessem um alívio".
Segundo a polêmica lei, as adolescentes a partir dos 14 anos, possam ter acesso a métodos anticoncepcionais em consultórios sem a necessidade do consentimento dos pais.
O senador da União Democrata Independente, (UDI) Andrés Chadwick, convocou a Ministra María Soledad Barria, a explicar os efeitos da chamada pílula do dia seguinte. "O país hoje em dia legitimamente tem uma confusão em um tema extremamente importante e pedimos à Ministra que responda de uma forma clara", indicou.
"A nosso parecer, a pílula do dia seguinte gera situações de aborto, então não deveria ser distribuída em nenhuma circunstância", acrescentou.