O Cardeal Alfonso López Trujillo esclareceu à imprensa local que nem o Vaticano nem ele mesmo  excomungaram os médicos que praticaram um
aborto  em uma menina de 11 anos grávida após uma violação, porque a excomunhão dos envolvidos nesta prática  é automática.

Segundo o Código de Direito Canônico, no caso do aborto, a excomunhão não é aplicada por uma autoridade eclesial, mas recai ipso facto (automaticamente) sobre quem aborta, os médicos e  os que se envolvem material ou moralmente  para a condição do aborto.

O Purpurado, que preside o Conselho Pontifício para a Família, declarou ontem à rede de rádio colombiana  RCN, que os médicos que praticaram o primeiro aborto legal foram excomungados.

A menor “caiu em uma rede de malfeitores”, disse no Vaticano o Purpurado colombiano;  destanco que a pena não é imposta por ele, mas é automaticamente imposta pela legislação da Igreja Católica.

O aborto “é uma condenação de morte contra um ser humano”,  e portanto, recebe uma pena proporcional por parte da Igreja, explicou o  Cardeal.

Hoje, em declarações à rede Caracol, o Purpurado reiterou que ele nunca fez um pronunciamento pessoal para excomungar os médicos, mas afirmou  sim está "em condição de reclamar respeito por esse ser no seio da menor e  que não pode ser tratado como uma coisa”.

Do mesmo modo, reclamou à sociedade colombiana uma revisão a fundo da educação sexual e uma ação eficaz para proteger os menores.