O cientista descobridor do genoma humano, Francis Collins, considera que os milagres são uma “possibilidade real” e descartou que a ciência seja usada para refutar a existência de Deus porque está confinada a seu mundo “natural”.

Conforme informa o site Caminayven.com, o também Diretor do Instituto Nacional Americano de Pesquisa do Genoma Humano explica em seu livro “A linguagem de Deus”, que será publicado em setembro, que “uma das grandes tragédias de nosso tempo é esta impressão que foi criada de que a ciência e a religião têm que estar em guerra” e precisa que o descobrimento do genoma humano lhe permitiu “vislumbrar o trabalho de Deus”.

“Quando dá um grande passo adiante é um momento de regozijo científico porque você esteve nesta busca e parece que encontrou. Mas é também um momento onde, ao menos, sinto proximidade com o Criador no sentido de estar percebendo algo que nenhum humano sabia antes, mas que Deus sempre soube”, indica Collins e explica que as descobertas científicas levam o homem a aproximar-se do Senhor.

“Quando você tem pela primeira vez diante de si estes 3,1 trilhões de letras do ‘livro de instruções’ que transmite todo tipo de informação e todo tipo de mistérios sobre a humanidade, é incapaz de contemplar página após página sem se sentir sobressaltado. Não posso ajudar, mas sim admirar estas páginas e ter uma vaga sensação de que isso está me proporcionando uma visão da mente de Deus”, prossegue o pesquisador.

Francis Collins foi ateu até os 27 anos, quando como jovem médico lhe chamou a atenção a força de seus pacientes mais delicados. “Tinham terríveis doenças das quais com toda probabilidade não escapariam, e ainda, em vez de se queixarem a Deus, pareciam apoiar-se em sua fé como uma fonte de consolo. Foi interessante, estranho e inquietante”.

Em seguida leu “Mere Christianity” (Cristianismo Puro e Simples) do C. S. Lewis, que o ajudou a se converter. Collins explica que o argumento de Lewis, que Deus é uma possibilidade racional era algo “que não estava preparado para ouvir. Estava muito feliz com a idéia de que Deus não existia e de que não tinha interesse em mim. Mas mesmo assim, não podia me afastar”.