O Semanário Alba criticou a atitude de Televisão Estatal Espanhola (TVE), por dedicar "um amplo espaço" de seu telejornal a "um assunto objetivamente marginal" como é o desejo de um setor minoritário da sociedade de ter direito a uma "apostasia legal".

"Existe notícia ou é mais a TVE que provocou a notícia levando os atores ao cenário onde podiam fazer mais dano? Não teria requerido para a objetividade jornalística que tivessem aparecido fiéis satisfeitos com sua fé em Cristo Jesus e Salvador?", pergunta o Alba.

A reportagem foi ao ar no domingo, dia 23 de julho. Este mostra as "dificuldades" para exercitar a apostasia, já que, segundo a TVE, "a maioria dos bebês são batizados pela Igreja Católica, mas quebrar esse vínculo não é tão fácil".

A rede televisiva do Estado usa os testemunhos de duas mulheres, uma delas declarada não-crente e lésbica militante. "A Igreja vai contra nossos interesses e nossas liberdades", afirma a mulher.

Também dá espaço às declarações de outro apóstata, Ángel Rubioo, que na porta do Arcebispado de Madri pede "uma fórmula legal que nos permita dar baixa facilmente, sem ter que visitar o padre seis vezes, e que apaguem nossos nomes do livro de batismo".

Do mesmo modo, desvirtua a explicação do Vigário Judicial de Barcelona, Ignasi Salvat, que afirma que em caso de apostasia, tecnicamente o que se realiza é uma anotação à margem no livro de batismo. "Não acredito que ninguém esteja contra o pensamento de Jesus nem do humanismo cristão", assinala.

"A TVE fará uma reportagem semelhante no próximo domingo mostrando a alegria da fé para muitos espanhóis? É esta a forma do Governo de manter relações ‘fluídas’ com a Igreja? (Carmen) Caffarel (Diretora Geral do RTVE), evidenciou o plano da rota de laicidade do Executivo Zapatero", finaliza Alba.