MADRI, 8 de ago de 2006 às 15:46
O Bispo de Vitória, Dom Miguel Asurmendi, presidiu a Missa em honra à Virgem Branca, padroeira da cidade, durante a qual confiou "a paz e a reconciliação em nossa sociedade basca e espanhola".
Em sua homilia, o Prelado assinalou que embora a esperança da paz "vai se enfraquecendo", "a maioria mantém a esperança em um final dialogado da violência terrorista, mas nossa esperança vai enfraquecendo com as dificuldades que estão surgindo dia a dia".
O Prelado afirmou que "muitos se fazem uma pergunta angustiada: A que preço vamos ter a paz? detrás da pergunta, existe o convencimento de que a qualquer preço, a paz não é um bem desejável".
"Há vítimas da violência terrorista que pedem respeito a sua dignidade e à justiça em suas causas. Há vítimas que deram exemplo valioso quando antepõem o bem comum da paz a suas legítimas reivindicações", disse o Bispo em relação ao processo de paz que quer estabelecer com o grupo terrorista ETA.
Para o Dom Asurmendi, "há grupos sociais que parecem antepor seus interesses, não sempre legítimos, ao desejado bem da paz" e concluiu indicando que "estamos em um momento especial para a responsabilidade coletiva em prol da paz, um tempo que requer fortes dose de prudência e de audácia, uma situação que exige a todos antepor o bem comum".
Por outro lado, o presidente do PNV de Guipúzcoa, Joseba Egibar, assegurou que para fazer irreversível o processo de normalização política "terá que dar uma série de passos" que evitem "que ninguém volte a fazer uso da violência para a defesa de objetivos políticos".
"Um processo de paz se consolidará em primeiro lugar quando se puder criar um cenário de defesa e respeito dos direitos humanos de todas as pessoas e fazer que os projetos e as idéias políticas sejam defendidas por vias exclusivamente políticas e democráticas", anotou Egibar.