MADRI, 7 de ago de 2006 às 15:35
"Um sorriso inesquecível" é o título da biografia –publicada em francês– de Faustino Pérez-Manglano, um adolescente valenciano de 16 anos que poderá ser elevado aos altares.
Até a data, a vida de Faustino foi difundida em 50 países com mais de 150 mil exemplares de livros e obras divulgativas. Sua breve historia -faleceu em 1963 como conseqüência de uma dura doença- comoveu várias gerações.
A nova biografia é obra da escritora francesa Odile Haumonté. "Um sorriso inesquecível" é parte de uma coleção de biografias de jovens que "também deram com sua vida e sua morte um testemunho cristão", conforme declarou Haumonté à agência AVAN.
A coleção reúne as biografias do beato francês Marcel Callo, mártir do nazismo; o seminarista alemão e também beato vítima do nazismo, Karl Leisner; igualmente o beato francês Charles de Foucauld; o sacerdote alemão Franz Stock, capelão nos cárceres de Paris quando a ocupação nazista; e Ana de Guigné, a menina francesa de 11 anos em processo de beatificação.
A causa de beatificação de Faustino Pérez-Manglano, iniciada em Valência em 1986, segue seu curso atualmente em Roma.
Sua história
Faustino nasceu em 4 de agosto de 1946 e ingressou no colégio Nossa Senhora do Pilar em 1952. Em 1961 sua saúde se vê seriamente comprometida por causa da doença de Hodgkin. Entretanto,"ele assume sua morte com alegria e naturalidade depois de dar um testemunho excepcional durante toda sua vida e até o último momento", assinala o sacerdote marianista José María Salaverri, professor e diretor espiritual de Faustino, autor de uma das mais importantes biografa do Servo de Deus.
Membro da Congregação-Estado de Maria Imaculada (C.E.M.I.) desde 1962, em 9 de fevereiro de 1963, depois de receber a unção dos doentes, faz sua consagração definitiva. Tendo albergado em seu coração o ideal de consagrar sua vida à salvação dos homens como religioso marianista, promete antes de morrer, em 3 de março de 1963, ocupar-se no céu das vocações.
"É constante o crescente interesse fora de Valência pela figura exemplar de Faustino, que com sua escassa juventude praticou em vida as virtudes em um grau superior, convertendo-se em um autêntico missionário que, inclusive atrás de sua morte, missiona, ali onde quer que haja alguém em contato com ele" , segundo Salaverri. Além disso, o sacerdote marianista acrescentou "estão se multiplicando de forma assombrosa as pessoas que se aproximam da biografia de Faustino e que experimentaram mudanças notáveis em sua vida".