A organização civil española Hay Alternativas (HA) repudiou a reclamação do Defensor do Povo, Enrique Múgica, para que a Saúde pública tenha maiores recursos para a prática do aborto na Espanha em vez de pedir maiores ajudas para as mulheres grávidas em dificuldades.

Em uma entrevista concedida ao Europa Press, Múgica expressou que a Saúde pública "deveria ter mais médios" para praticar abortos já que a mulher que aborta não o faz "por prazer, mas por necessidade". O aborto é a principal causa de falecimento na Espanha, onde só em 2004 foram praticados 85 mil.

Apesar de ter matizado sua posição ao declarar que o "gostaria que não existisse essa forma de combater a necessidade, que cada um tivesse os filhos que quisesse" e que desejaria que "não se mantenham situações de miséria porque o sagrado é o sagrado", HA expressou seu repúdio ao Defensor do Povo.

A porta-voz da organização, Gádor Goya, destacou que "o feto é uma pessoa e um ser humano digno de ser defendido pelo Defensor do Povo, é obvio, e por toda a sociedade", insistindo em que a sociedade tem que oferecer ajuda às mulheres para que tenham seus filhos.

Do mesmo modo, Hay Alternativas se mostrou contrária a que se contribuam mais recursos para os abortos, apostando, pelo contrário, por investir mais dinheiro público em ajudar as mães grávidas "sozinhas, abandonadas" ou sem recursos econômicos, para que tenham seus filhos em vez de "acabar com eles".