O governo da Arábia Saudita, através da sua Embaixada na capital espanhola, iniciou uma campanha para comprar diversos colégios particulares na Espanha para transformá-los em centros de formação islâmicas, onde ensinem todas as matérias com a perspectiva do Corão e da polêmica lei  islâmica ou “sharia”.

A campanha foi divulgada em Madri pelo jornal ABC, quando descobriu que a Arábia Saudita tinha tentado comprar, sem sucesso, o prédio que abrigada o colégio das Madres Mercedárias de São Fernando.

O projeto, segundo o jornal, consiste na compra de um primeiro colégio particular em Madri com capacidade para 350 alunos, para o qual dispõem de pelo menos 17 milhões de dólares.

Segundo o  ABC, o primeiro acordo não teve resultado porque “a congregação religiosa se opôs a vender as instalações aos árabes diante de sua pretensão de transformá-lo em uma escola islâmica”.

Após a frustrada primeira operação,  a Embaixada da Arábia Saudita  se interessou em comprar outro colégio católico, Nossa Senhora das Mercês,  localizado no bairro de La Elipa da capital espanhola.

O jornal ABC afirmou que o tipo de Islã que promoveria a Arábia Saudita no colégio não incentiva diretamente a “yihad” ou guerra contra o Ocidente;  mas  “a não integração, no sentido de transmitir que o Ocidente corrompe, o que a médio prazo podeira constituir um caldo de cultivo de futuros radicais exportáveis a terceiros”.
” Teríamos assim dentro de dois ou três gerações que poderia ter inclusive cidadãos espanhóis que reneguem os Reis Católicos e assumam a reivindicação do Al Andalus –o nome que os muçulmanos davam à Espanha-”, diz o diário.