Ante a recente aprovação do Conselho de ministros da União Européia (UE) de um programa de investigação que prevê o financiamento de projetos que “comportam a destruição de vidas humanas em sua fase embrionária”, a Conferência Episcopal Espanhola (CEE) lembrou que “a Igreja está a favor da investigação científica que serve ao ser humano” mas rejeita aqueles “programas científicos que atentam contra a vida humana”.

Através de um comunicado de imprensa, a CEE indica hoje que a decisão da UE de  24 de julho “implica um compromisso eticamente inaceitável”. “Não se financiará a destruição de embriões, mas sim a investigação com células mãe embrionárias, cuja obtenção exige a destruição de embriões”, asseguram os bispos.

“Nem sequer se determina uma data limite para a obtenção das células, de modo que um mesmo investigador poderá primeiro destruir embriões para as obter e, continuando, solicitar uma subvenção da União Européia para investigar com o ‘material’ obtido”, adverte a CEE.

O ente episcopal qualifica não só de “gravemente injusta” a nova normativa mas também de “desnecessária” porque “existem outras vias de investigação com células mãe adultas que não apresentam problemas éticos e que já deram lugar a resultados clínicos que oferecem muitas esperanças”.

Finalmente, os bispos lamentam “que se desperdiçou esta ocasião para que  Europa tivesse aparecido ante o mundo como verdadeiramente amiga da vida de todos os seres humanos”.