MADRI, 25 de jul de 2006 às 17:53
A fim de que os pais de família possam exercer seu direito de objeção de consciência contra a disciplina ideologizada "Educação para a Cidadania" que pretende impor o Governo Executivo nas escolas públicas espanholas, a entidade Profissionais pela Ética está elaborando um "Guia de Objeção de Consciência".
Esta associação, junto com outras familiares e educativas da Catalunha como o Grupo de Entidades Catalãs (GEC) da Família, a Federação de Associações de Pais e Mães das Escolas Livres (FAPEL), a Associação de Mães e Pais pela Liberdade de Educação (AMPLE) e a Fundação Pessoa expressaram seu repúdio a alguns conteúdos da nova disciplina e propuseram aos pais que exercitem a objeção de consciência para evitar que tal matéria seja ensinada a seus filhos.
O porta-voz deste grupo de associações, Ramón Novella, expressou que "esta disciplina comporta um risco real de doutrinação ideológica na escola, segundo os interesses do Governo. Com esta matéria fica em risco o direito fundamental dos pais, amparado pela Constituição, de que seus filhos recebam a formação religiosa e moral que esteja de acordo com suas próprias convicções".
Segundo estas entidades mostraram sua preocupação com que tal disciplina seja o veículo de transmissão de valores morais e idéias impulsionadas pelo Governo socialista sobre a sexualidade e o matrimônio, a suposta pluralidade de modelos de família e a controvertida "ideologia de gênero".
"O Governo está a tempo de retificar e não doutrinar os alunos através de uma disciplina obrigatória e avaliável que não conta com a aceitação de uma grande parte dos pais e educadores. Se for adiante, os alunos serão avaliados de conhecimentos ideológicos que se opõem aos valores nos quais seus pais lhes educam", afirmou Novella.
Segundo um comunicado de Profissionais pela Ética, tais entidades afirmam que "se o Governo não tiver em conta as reivindicações e críticas a tal disciplina, promoverão para o próximo curso uma oposição ativa à disciplina e proporão às famílias que exercitem o direito à objeção de consciência".