Uma pesquisa realizada em Quito e Guayaquil pela empresa Informe Confidencial revelou que a maioria de equatorianos de ambas as cidades se opõe ao aborto em todos os casos, inclusive se suas filhas ficassem grávidas por uma violação.

Diante da pergunta se você tivesse uma filha que ficasse grávida em conseqüência de uma violação, preferiria que tivesse o filho ou que não tivesse? A pesquisa realizada entre 800 pessoas revelou que em Quito 54 por cento é a favor de que tenha o filho e 36 por cento contra. Enquanto isso, o resultado em Guayaquil é ainda mais contundente, posto que 61 por cento dos pesquisados afirmou que nesse caso específico a filha deve ter o bebê e apenas 32 por cento se opôs.

Do mesmo modo, diante da proposta sobre se o aborto deve ser uma decisão da mulher grávida ou deve ser proibido, 45 por cento dos quitenhos indicou que é uma decisão da mulher e  50 por cento opinou que deve ser proibido. Enquanto que em Guayaquil 35 por cento acredita que seja uma decisão da mulher e  um esmagador 64 por cento pensa que deve ser proibido.

A resolução do Tribunal Constitucional de maio passado, que proibiu definitivamente a venda da polêmica pílula do dia seguinte por ser considerada abortiva, abriu uma nova etapa no debate do aborto e o uso de anticoncepcionais no país.