O Vigário Apostólico de Anatolia (Turquia), Dom Luigi Padovese, assinalou que o ataque a um sacerdote francês na semana passada revelou uma campanha dos meios de comunicação turcos para minar o êxito da futura viagem do Papa Bento XVI a esse país.

Em declarações à organização internacional Ajuda à Igreja que Sofre, Dom Padovese explicou que os cristãos turcos receberam a notícia do ataque ao Pe. Pierre Brunissen com estupor e que os meios de comunicação estão divulgando mentiras sobre ele e os cristãos a quem chama "inimigos".

Do mesmo modo, explicou que os jornais acusam o presbítero de ter tentado subornar algumas pessoas para forçar sua conversão. "Os jornais estão tratando de agravar tudo, mostram os cristãos como inimigos dos turcos", detalhou o Prelado para quem a reação dos meios ao ataque do Pe. Brunissen coincide com os comentários hostis que estão fazendo respeito à viagem que o Santo Padre deve realizar em novembro. "Há alguns que procuram todas as ocasiões para reduzir os efeitos positivos desta viagem", precisou.

Em relação aos comentários dos meios sobre a reunião que o Pontífice sustentará com o patriarca ortodoxo Bartolomeu I durante sua estada no país, o Vigário Apostólico de Anatolia disse que "muitas, muitas pessoas pensam que não é aceitável que o Papa visite o patriarca. Têm uma atitude muito negativa" e acrescentou que estas pessoas tampouco consideram que o Papa deva rezar no Hagia Sofía, uma grande catedral que foi logo transformada em mesquita antes de se transformar em museu.

"Os jornais indicam que o Papa deve recordar que o Hagia Sofía é agora um museu e não um lugar de adoração. Dizem que serão muito críticos se decide rezar ali", acrescentou.

Em seguida, ao explicar como a mídia está gerando o ódio religioso entre os muçulmanos, o Prelado afirmou que "se lermos os jornais e escutarmos o que se diz a televisão, o que se diz dos cristãos é muito negativo. As autoridades estão tentanto procurar o diálogo, mas se as opiniões da mídia continuarem sendo negativas, como vai ser possível falar deste diálogo?".