Vários bispos espanhóis expressaram sua alegria e satisfação pela maciça e contundente resposta das famílias da Espanha e do mundo às numerosas iniciativas do V Encontro Mundial das Famílias, encerrado com uma grandiosa Missa pelo Papa Bento XVI.

Em declarações oferecidas à rede de rádio COPE da Espanha, o Arcebispo de Madri, Cardeal Antonio María Rouco, destacou a presença fervorosa dos fiéis em torno ao Pontífice para se identificar com ele "em uma das grandes propostas que a Igreja faz, que a família nasce do matrimônio".

Depois de qualificar de "assunto menor que não tem importância" a ausência nos atos centrais da visita papal do Presidente do Governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, o Cardeal disse que "o importante é que o Papa esteve com mais de um milhão de pessoas, que ouviu meio mundo a mensagem sobre a família e que estejamos dispostos a projetá-la à sociedade e ao mundo inteiro".

Em relação a grande resposta dos católicos espanhóis à chamada do Santo Padre, o Cardeal Rouco expressou não ter tido a "menor duvida, embora fosse em Valência e no verão, a segunda semana de julho, e embora tenhamos suado o que suamos. Nada iria estragar".

Em suas declarações, o Arcebispo destacou a participação da juventude. "Os jovens estão muito mais presentes do que muitos dizem, e o fazem com uma espontaneidade natural e em sentido positivo: vivemos uma forma de vida, fizemos opção por um modo de existir que não fere ninguém, que estimula a todos", disse.

Ao se referir ao encontro do Papa com os bispos espanhóis e a mensagem que lhes dirigiu em uma mensagem que assinou na Catedral de Valência, o Cardeal assinalou que "nos anima muito a seguir na mesma linha. Sempre ocorre que alguém quer interpretar diferenças entre os bispos de um país e o Papa e é inútil porque nossa comunhão com ele é completa. Sempre aprendemos com ele e não se pode dizer que o Papa não esteja conosco e nos anime a continuar sendo testemunhas do evangelho aqui na Espanha".

Mais reações

Por sua vez, o Arcebispo de Pamplona, Dom Fernando Sebastián, ao falar da defesa da família, disse que "nós católicos devemos assumir nossas responsabilidade na vida pública, votar moralmente, procurar os governantes que mais gostemos e nos questionar se podemos votar ou não em um Governo que nos leva por este caminho".

Do mesmo modo, o Bispo de Plasencia, Dom Amadeo Rodríguez Magro, ressaltou que a presença do Santo Padre em Valência serviu "para manifestar que a família cristã está disposta a ser fiel a sua identidade e a seus valores, consciente além disso que essa é sua contribuição à humanidade". "A grande multidão que foi a estar junto ao Papa é a representação de uma realidade que estimula a não ter medo e chama à responsabilidade de pôr em prática uma pastoral familiar que seja coerente com as atuais circunstâncias que vive o matrimônio e a família, que certamente não são nada fáceis", acrescentou.

Para o Dom Atilano Rodríguez, Bispo de Ciudad Rodrigo, "isto quer dizer que a fé tem futuro e que esse futuro está nos jovens que continuam se aderindo à Igreja e ao seguimento de Cristo. E isso nos vem fenomenalmente em um momento de confusão, quando desde muitas instâncias nos vem repetindo que os jovens passam de Deus e que a fé está um pouco ultrapassada que já não serve para as pessoas de hoje".