Depois do anúncio por parte do Instituto Federal Eleitoral da vitória do candidato do Partido Ação Nacional (PAN), Felipe Calderón, nas últimas eleições presidenciais no México, o episcopado deste país fez um chamado à aceitação dos resultados da luta eleitoral e a empreender um esforço pela reconciliação entre as diversas opções políticas.

Depois de congratular-se de que o México "deu um grande passo no caminhar democrático", a Conferência Episcopal do México (CEM) reconheceu através de um comunicado que "todos devemos fazer um esforço de reconciliação entre as diversas opções políticas" e que "não deve haver entre os cidadãos vencedores nem vencidos; todos somos o México; todos queremos o bem e o progresso do país".

Na nota emitida nesta quinta-feira e assinada em nome dos bispos mexicanos pelo Presidente e o Secretário da CEM, Dom José Guadalupe Martín Rábago e Dom Carlos Aguiar Retes, respectivamente, o organismo episcopal expressou que a conformação de "governos de inclusão" capazes de dialogar e assumir as propostas dos diversos partidos é uma mostra de maturidade democrática.

"É agora o tempo da concórdia e da busca de acordos entre os candidatos, os partidos, o governo federal, os governos estatais, as organizações civis e toda a sociedade", continua o comunicado.

Finalmente, o episcopado exortou a cidadania a "superar os sentimentos e paixões partidaristas, próprios da luta eleitoral, e localizar as eleições como um processo de competição e seleção para que aceitemos os resultados oficiais, reconheçamos ao ganhador, e nos disponhamos todos a colaborar com o novo governo em benefício de nosso país".

Calderón obteve 35,88 por cento dos votos, 0,58 pontos percentuais mais que o candidato do Partido da Revolução Democrática (PRD), Andrés Manuel López Obrador, que anunciou que impugnará a eleição para exigir uma recontangem de votos.