O Arcebispo de Toledo e Primaz da Espanha, Cardeal Antonio Cañizares, assinalou que com o terrorismo não se negocia politicamente, e "a única coisa que cabe é que desapareça", ao referir-se ao diálogo aberto entre o Governo e o grupo terrorista ETA.

O Cardeal questionou que "enquanto isso for dito, com quem se dialoga?; Com terroristas?; Esses terroristas se justificam?; não pode se justificar" e se remeteu à instrução pastoral dos bispos espanhóis sobre terrorismo, lembrando que "o terrorismo é intrinsecamente perverso e não há nada que o justifique".

"Conseguintemente, com o terrorismo não se negocia politicamente, a única coisa que cabe é que desapareça, que o ETA se dissolva de maneira definitiva, mas isso não foi dito", indicou o Cardeal.

Em declarações à COPE, retomadas depois pelo Europa Press, o Arcebispo do Toledo disse que a unidade da Espanha é "um bem moral" que está passando por "uma situação de debilitação" que também preocupa "muitos cidadãos" e recordou que este bem moral é tão importante como estar unidos, com "uma tradição comum, uma solidariedade e uma história comum compartilhada". Em definitiva, são muitos "aspectos de bens morais" os que estão em jogo, segundo o arcebispo de Toledo.

Por outro lado, o Cardeal destacou a necessidade de apoiar e fortalecer a família já que é "o futuro da humanidade", assentada no matrimônio "único e indissolúvel entre um homem e uma mulher".