O jornal israelense Haaretz informou que o Grande Rabino de Israel, Shlomo Amar, enviou uma carta ao Papa Bento XVI pedindo que condene o desfile mundial do "Orgulho Gay", programada para 10 de agosto em Jerusalém.

Segundo o jornal, Amar pediu ao Papa que se junte às manifestações de alguns líderes religiosos e legisladores que protestaram pelos planos dos organizadores de levar a polêmica iniciativa à cidade Santa.

Em abril deste ano líderes judeus, cristãos e muçulmanos pediram às autoridades israelenses cancelar o desfile através de uma manifestação conjunta.

O desfile mundial durará dez dias. A última se celebrou em Roma no ano 2000 e congregou um quarto de milhão de pessoas.

Nesse momento, Amar considerou que "já temos bastante tensão na cidade pelo plano de desconexão e não precisamos jogar mais lenha na fogueira". Amar pediu aos ativistas homossexuais cancelar este "terrível desafio" que "fere todas as religiões".

O Arcebispo Michel Sabbah recordou então que "a santidade particular de Jerusalém requer que tanto daqueles que são crentes e dos que não o são"; e o Núncio Apostólico, Dom Pietro Sambi, assegurou que "respeitamos as idéias de todos, mas todos devem respeitar os sentimentos dos habitantes de Jerusalém".

Dom Sambi advertiu que o desfile "não seria só uma ofensa, mas sim uma provocação para os judeus, cristãos e muçulmanos de Jerusalém e do mundo inteiro".