O Presidente da Conferência Episcopal Uruguaia (CEU), Dom Pablo Galimberti; e o Bispo de Gualeguaychú (Argentina), Dom Jorge Lozano, afirmaram que os governos de ambos os países deram "sinais" de querer encontrar "instâncias superadoras" para solucionar o desacordo sobre as indústrias papeleiras instalados na fronteira comum.

"Vai gerando um clima propício e adequado para a busca de uma instância superadora", assinalou Dom Lozano.

Por sua vez, Dom Galimberti disse que "há luzes esperançadoras nas noites mais negras e escuras da história e mais nesta, que não chegou certamente a tal grau de escuridão". Entretanto, expressou sua preocupação pela "animosidade" de ambientalistas argentinos e uruguaios, e por aqueles grupos fanatizados que não têm "capacidade de escutar as dificuldades de seus irmãos".

As declarações foram dadas durante o Simpósio "A empresa socialmente responsável: geradora de empregos dignos, criadora de riquezas e fator de distribuição", organizada pelo Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM) e a União Internacional de Associações de Empresários Cristãos (UNIAPAC).

A Argentina e o Uruguai mantêm um desacordo sobre a instalação de indústrias de celulose na cidade uruguaia de Fray Bentos e sobre o rio o Uruguai, que é a fronteira natural entre ambos países. O conflito leva mais de um ano.

A controvérsia se dá porque a Argentina considera que estas fábricas poluirão o meio ambiente. Este argumento foi rebatido pelas autoridades uruguaias. O caso se encontra atualmente na Corte Internacional de Haya.