A polícia indiana prendeu quatro missionárias da caridade acusadas de tentar converter algumas pessoas quando atendiam os doentes em um hospital do estado de Andhra Pradesh.

As religiosas foram detidas em 25 de junho às 22h30, no centro de saúde Ruia, administrado pelo governo e localizado no povoado de Tirupati, conhecido centro de peregrinação a dois mil e sessenta quilômetros ao sul de Nova Delhi.

Segundo alguns cristãos da zona, a polícia atuou a pedido de um grupo de fanáticos hindus. A irmã Rosária, superiora regional da congregação fundada pela Beata Teresa de Calcutá, assinalou que as missionárias visitam esse hospital há 20 anos e que dão remédios aos pacientes pobres que não podem comprar.

"Nos dia 25 de junho 50 pessoas, algumas com câmara de vídeo, cercaram as quatro religiosas acusando-as de converter os pacientes. Em seguida, com mais pessoas no recinto, quase 300, as irmãs foram retidas até 21h30 e em seguida conduzidas a um posto policial", disse a religiosa.

Para o Arcebispo de Hyderabad, Dom Marampudi Joji, o ocorrido é uma "violação dos direitos humanos" e um "atentado contra a liberdade religiosa". O Prelado também assinalou que a polícia violou uma decisão da Corte Suprema do país que proíbe a detenção de uma mulher entre o anoitecer e o amanhecer.

Na opinião do G. Alfred, secretário executivo da Federação Cristã da Andhra Pradesh, o incidente é parte do crescente perseguição sobre os cristãos por parte de grupos fundamentalistas hindus.