A Comissão de Educação e Ciência do Congresso aprovou com vinte votos a favor e 16 contra, a proposição não de lei apresentada pelo PSOE para que nas escolas se promova "o reconhecimento da diversidade afetivo-sexual" através da disciplina de Educação para a Cidadania.

Segundo o texto, o Governo deverá "impulsionar, em colaboração com as comunidades autônomas, medidas condizentes a obter o efetivo respeito no sistema educativo da diversidade afetivo-sexual, assim como a aceitação das diferenças, que permita superar os comportamentos sexistas".

O deputado do PSOE, Luis Juan Tomás, disse que a disciplina de Educação para a Cidadania ajudará a obter o que pretende a proposição socialista, já que segundo o rascunho apresentado pelo Ministério de Educação e Ciência, esta "prevê um conteúdo específico para combater o racismo e o sexismo".

Entretanto, o porta-voz de Educação do Partido Popular, Eugenio Nasarre, criticou o Governo por querer "impor um modelo de moral", ignorando o direito dos pais a decidir "a educação de seus filhos conforme a seus valores e crenças".

Por sua vez, o Foro Espanhol da Família denunciou o interesse do Governo por "instrumentalizar o sistema educativo espanhol a serviço da ideologia particular de determinados grupos sociais que não é compartilhada pela imensa maioria da sociedade espanhola".

"Em uma sociedade livre coexistem muitas ideologias, todas legítimas no âmbito da liberdade de pensamento. Por isso, no sistema educativo o Estado não pode impor uma ideologia em particular sem atentar contra a neutralidade que lhe é exigível nestas matérias", assinala em um comunicado.

Finalmente rejeitam o uso do termo "homofobia" como "uma tentativa de limitar a liberdade de pensamento e expressão de quem não compartilha a visão da sexualidade própria da ‘ideologia de gênero’.