Um especialista em biotecnologia denunciou que o verdadeiro potencial da pesquisa com células-tronco adultas (CEA) é sacrificado por cientistas mais interessados nas "possibilidades" que oferecem as células-tronco embrionárias (CEE) e a clonagem.

O pesquisador James Kelly, que padece paralisia e seria um eventual beneficiado dos experimentos, publicou uma série de artigos sobre o tema no The Seoul Times. Em sua quarta entrega explica detalhadamente a pesquisa com CEA que já mostrou alguns resultados práticos, a diferença da imoral pesquisa com embriões.

Enquanto o uso de células embrionárias não resultam sempre compatíveis com tecidos adultos, causam rechaço imunológico e até formação de tumores, os resultados do uso de células estaminais adultas supera longamente os eventuais benefícios das embrionárias, que tendem a ser "geneticamente instáveis e funcionalmente anormais".

Kelly culpa por esta desinformação aos poderosos pesquisadores e indústrias que estão por trás das técnicas para aplicar as células embrionárias e a clonagem. Para o professor de engenharia biológica, James Sherley, "muitos cientistas que não apóiam as pesquisas com embriões humanos têm temor de expressar suas opiniões pelas possíveis represálias e as conseqüências negativas que isto pode conduzir na publicação de pesquisas, promoções e oportunidades de tranalho".

Kelly explica que existe uma tendência à experimentação em humanos em vez de procurar terapias clínicas que funcionem. Embora se provou que a pesquisa com células-tronco adultas dá resultados, sua potencial é vítima dos "cientistas e pesquisadores apaixonados pela possibilidade de experimentar com embriões e com a clonagem". Só na Califórnia, mais de três bilhões de dólares se utilizaram para a pesquisa com CEA e a clonagem humana.