Por ocasião do Dia dos Doadores de Órgãos, que a Espanha celebrará em 7 de junho, o Bispo de Málaga, Dom Antonio Dorado Soto, recordou que doar órgãos "é uma forma delicada e anônima de praticar a caridade evangélica com os mais necessitados".

Dom Dorado recordou que "a Igreja Católica respeita a livre decisão de seus filhos. São muitos os que tomaram a decisão de fazer-se doadores, e ela elogia este gesto de fraternidade profunda para com as pessoas desconhecidas que necessitam de um transplante para viver. Aos que nunca pensaram nesta questão, a Igreja os anima para que doem".

"Há casos nos quais é a família quem tem que tomar a decisão, diante de uma morte inesperada, que não permite conhecer a vontade da pessoa falecida. Sem que minhas palavras suponham nenhum tipo de censura aos que encontram problemas em doar os órgãos, parece-me admirável a decisão de doar aqueles que possam aliviar os sofrimentos de outros", indicou.

Do mesmo modo, explicou que "para aqueles que acreditamos na ressurreição de Cristo e vivemos a vida como um presente de Deus, doar uma parte do próprio corpo para que outro possa seguir vivendo, especialmente quando se trata dos órgãos de uma pessoa que já faleceu, não só não se opõe a nossa fé, como também é uma manifestação muito formosa de que impregnaram em nosso coração os ensinamentos de Jesus, que nos convida a nos doar e a dar a vida pelo outro".

No dia 7 de junho se oferecerá uma Missa de ação de graças na Catedral de Málaga às 20:30 horas. "É uma forma de lembrar diante de Deus os seres queridos, que partiram a seu encontro, e cujos órgãos permitiram a vida de pessoas doentes que se beneficiaram de sua generosidade. As famílias dos doadores, cuja tremenda dor pela perda de um ser querido não é fácil medir, têm a oportunidade de reavivar sua fé e sua esperança, ao comemorar a morte e a ressurreição do Senhor", acrescentou o Bispo.