A Prefeitura de Andaluzia ordenou retirar os crucifixos das salas de aula do colégio San Juan de la Cruz de Baeza, em Jaén, respaldando dessa maneira uma ordem dada pela Delegação Provincial de Educação dessa Corte.

A resolução se fundamenta nas queixas recebidas do escritório do Defensor do Povo Andaluz, José Chamizo, por um pai desse centro escolar que se negava a que seus filhos assistissem as aulas nas quais se exibiam os símbolos cristãos. Esta resolução obriga a que os crucifixos só possam exibir-se durante a aula de Religião e nas salas específicas onde os alunos vão receber este curso.

A Prefeitura também proíbe a celebração de qualquer tipo de atividade extraescolar relacionada com a religião e adverte aos professores que em caso de descumprir a norma lhes incorporará o correspondente inquérito disciplinador.

A respeito, o delegado de ensino do Bispado de Jaén, Antonio Aranda, alertou que esta medida chegará ao extremo de impedir que se dêem palestras sobre universidades católicas ou se representem presépios de Natal.

"Pedem que se retirem as cruzes da escola e não exigem que lhe troque o nome do colégio que preste homenagem a um grande poeta místico", acrescentou Aranda ao assinalar sua estranheza pela decisão das autoridades educativas que não se apóia em legislação alguma.

A retirada dos crucifixos coincide com as recentes críticas do Episcopado andaluz ao projeto de Estatuto para esta comunidade autônoma que segundo os bispos poderia abrir a porta a possíveis atentados contra a vida, a família e a liberdade educativa e religiosa.