Os especialistas da Unidade de Apoio e Atenção Materno Infantil Nossa Senhora da Candelária da Clínica Universitária Bolivariana, de Medellín, criticaram a Corte Constitucional por legalizar o aborto e reafirmaram sua decisão de proteger o "dom maravilhoso da vida", tanto da mãe, como do bebê no ventre da progenitora e do recém-nascido.

Recentemente a Corte Constitucional da Colômbia descriminalizou o aborto em casos de violação, má formação do feto e risco para a vida da mãe. Diante desta situação, os especialistas da mencionada unidade expressam que se "preocupam com que esta descriminalização do aborto seja uma porta aberta para que qualquer tipo de má formação, mesmo que seja compatível com a vida, seja utilizada como pretexto para acabar com uma vida humana que teria podido receber ajuda profissional em instituições apropriadas e tecnologia adequada".

O texto assinala que nos casos de "má formações incompatíveis com a vida fetal", estes por si só "determinam em seu processo biológico a perda inevitável do feto ou do recém-nascido, devido à severidade da mesma". Entretanto, esclarecem que "o que deve primar é uma conduta obstétrica conseqüente com os princípios morais" e de acompanhamento à mãe "nesta situação tão especial".

Nesse sentido, lembram que a vida é um "direito inviolável" de todo ser humano e por isso continuarão se "preparando para apoiar aqueles fetos que venham com má formações congênitas detectadas precocemente no útero e que possam se beneficiar das intervenções na vida pré e pós-natal".

"Nosso objetivo será oferecer a estes fetos uma melhor qualidade e adaptabilidade à vida" após o nascimento, finaliza o documento.

O comunicado está assinado pelo Coordenador de Ginecologia e Obstetrícia, Luis Guillermo Echavarría Restrepo; o Coordenador da UCI Neonatal, Andrés Felipe Uribe Murillo; o Coordenador Vigilância Materno Fetal, José Enrique Sanín Blair; e o Diretor Médico, Rubén Darío Restrepo.