O Presidente da Conferência Episcopal Espanhola (CEE), Dom Ricardo Blázquez, assinalou que diante da situação que se vive no País Basco, "queremos que se possa pedir perdão, que se ofereça o perdão e que se receba o perdão porque só assim é que se chega a uma reconciliação mais profunda".

Durante um debate no Foro de Nova Sociedade, o também Bispo do Bilbao manifestou que "nós queremos que se possa pedir perdão, que se ofereça o perdão e que se receba o perdão porque só assim é que se chega a uma reconciliação mais profunda" e esclareceu que o papel da Igreja frente a um eventual processo de paz "não é a mediação" mas sim "contribuir na grande tarefa de pacificação".

Conforme explicou o Prelado, a paz "certamente implica que o ETA deixe de matar, deponha as armas e que ninguém se sinta ameaçado". "Isto é paz", comentou e destacou que todos estes anos de violência produziram "muitas feridas" no País Basco.

"Sonhamos e esperamos com a sociedade que quer ver-se livre" desta situação e acrescentou que "queremos trabalhar pela esperança em que definitivamente se alcance a paz porque é verdade que ali não há duas partes beligerantes".

Comentou deste modo que na próxima Assembléia Plenária Extraordinária de junho os bispos não elaborarão "uma nova avaliação" sobre o cessar fogo do ETA. Conforme explicou, a Igreja já manifestou sua postura em "avaliações parciais" como a dos bispos do País Basco, a do porta-voz da CEE, Pe. Juan Antonio Martínez Camino; e o discurso inaugural do Presidente da CEE na Assembléia Plenária de março.